Os Oito Ciclos da Excelência: Da Desordem ao Lucro, da Confusão à Transformação

  1. Visão de Mundo: A Bússola do Crescimento

Imagine um navio imenso, equipado com motores potentes, tripulação treinada e combustível de sobra. Agora imagine esse mesmo navio navegando sem bússola, sem mapa e sem porto de destino. O que acontece? Ele até se movimenta… mas gira em círculos até se perder no oceano. É exatamente o que ocorre com milhares de empresas e profissionais que crescem em estrutura, mas não em direção.

Visão de mundo é a lente que define onde estamos e para onde vamos. É a clareza do caminho.

Jim Collins, em Empresas Feitas para Vencer, mostrou que os negócios que prosperam por décadas têm uma característica em comum: uma visão cristalina de futuro, que guia todas as decisões, grandes e pequenas. Sem essa clareza, qualquer projeto, por mais promissor que pareça, se dissolve com o tempo.

Exemplo brasileiro: A Natura nunca se limitou a vender cosméticos. Sua visão sempre foi regenerar a relação entre consumo e natureza. Isso a levou a ser uma das primeiras empresas de capital aberto a conquistar a certificação B, provando que é possível alinhar lucro e sustentabilidade.

Exemplo internacional: A Tesla não é apenas uma fabricante de carros elétricos. Elon Musk nunca fala somente de veículos. Sua visão é acelerar a transição do planeta para energia sustentável. Os carros são apenas o meio de materializar esse futuro.

Na vida pessoal: um jovem profissional sem visão de mundo aceita qualquer emprego, qualquer proposta, qualquer caminho. Mas aquele que sabe onde quer estar em 10 anos filtra suas escolhas, recusa atalhos e investe energia no que o aproxima do seu destino.

Visão de mundo é a bússola. Sem ela, você corre, mas corre em círculos. Com ela, cada passo é avanço.

  1. Missão e Identidade: O Papel que Você Representa

A missão é o DNA da empresa. É a razão pela qual ela nasceu. Já a identidade é a forma como ela se apresenta ao mundo, sua assinatura inconfundível.

Peter Drucker já dizia: “A empresa que não sabe responder por que existe, já começou a morrer.” E isso vale também para pessoas: quem não sabe seu papel vive apenas reagindo, em vez de criar impacto.

Exemplo brasileiro: O Magazine Luiza não nasceu apenas para vender eletrodomésticos. Sua missão sempre foi popularizar o acesso ao consumo, criando uma ponte entre tecnologia e varejo humano. Isso explica porque a marca se reinventou no digital e conquistou uma das maiores bases de clientes do país.

Exemplo internacional: O Google não existe para ser um buscador. Sua missão é organizar a informação do mundo. É isso que o torna insubstituível, mesmo diante de concorrentes e novas tecnologias.

Na vida pessoal: um colaborador que entende sua identidade dentro da empresa tem clareza de onde agrega valor. Ele não é apenas “mais um funcionário”: ele sabe que papel desempenha no todo e por que sua presença importa.

Sem missão e identidade, a empresa vira um barco sem nome e sem bandeira. Com elas, cada ação passa a carregar propósito.

  1. Princípios e Crenças: O Alicerce Invisível

Princípios podem erguer impérios ou destruir famílias. Crenças podem ser motores de progresso ou âncoras que aprisionam.

Napoleon Hill, em Pense e Enriqueça, mostrou que toda transformação começa pela mente. O que você acredita define o que você conquista.

Exemplo brasileiro: A Embraer só se tornou gigante da aviação porque acreditou, desde o início, que o Brasil podia dominar tecnologia aeronáutica — uma crença ousada, quase impossível na época.

Exemplo negativo: Muitas empresas familiares permanecem pequenas porque carregam a crença de que “o certo é fazer como o avô fazia”. Essa mentalidade sufoca a prosperidade e mata a inovação.

Exemplo internacional: A Netflix nasceu acreditando que as pessoas não precisavam mais de locadoras físicas. Essa crença simples derrubou gigantes como a Blockbuster.

Na vida pessoal: o profissional que acredita que “não nasceu para liderar” nunca liderará. Já aquele que acredita que pode aprender e se desenvolver abre portas infinitas.

Toda crença é uma semente. Algumas florescem, outras envenenam. A diferença entre o fracasso e o sucesso muitas vezes é apenas uma crença que precisa ser trocada.

  1. Planejamento e Organização: Estruturar para Crescer

Nenhum exército vence a guerra sem estratégia. Nenhuma empresa conquista mercados sem planejamento.

Stephen Covey, em Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, deixou claro: comece com o objetivo em mente. Isso significa que antes da execução vem o desenho, o plano, a estrutura.

Exemplo brasileiro: A Ambev não se tornou líder global por acaso. Seu sistema de planejamento, metas e meritocracia é estudado em Harvard. Cada detalhe, do estoque ao marketing, é planejado e monitorado.

Exemplo internacional: A Amazon, de Jeff Bezos, é a materialização da organização. Cada movimento é calculado em décadas, não em trimestres. Da logística ao atendimento, tudo segue processos claros e implacáveis.

Na vida pessoal: quem não organiza o dia, a semana, o mês e o ano vive apagando incêndios. Pessoas desorganizadas são escravas da urgência. Já líderes organizados constroem impérios passo a passo.

Planejamento não engessa. Planejamento liberta. Ele dá clareza, cria foco e multiplica resultados.

  1. Comunicação e Conexão: A Alma da Cultura

Comunicação não é falar. É conectar. É transformar informação em compreensão e compreensão em ação.

Simon Sinek, em Líderes se Servem por Último, explica que o líder que se comunica bem cria segurança e confiança. Sem comunicação, até a melhor estratégia morre.

Exemplo brasileiro: A Cimed, sob comando de João Adib, é mestre em comunicação ousada. Polêmica, direta e criativa, sua estratégia conquistou a juventude e fez a marca crescer exponencialmente.

Exemplo internacional: A Apple não vende celulares. Ela comunica status, estilo de vida e pertencimento. O que conecta o cliente à Apple não é o produto, é o sentimento.

Na vida pessoal: comunicação é ouvir mais do que falar, entender antes de responder. Um gestor que apenas informa gera resistência; um líder que se conecta gera comprometimento.

Comunicação e conexão são a cola da cultura. Sem elas, cada colaborador rema para um lado. Com elas, todos remam juntos.

  1. Negociação: A Arte da Troca Justa

Nem toda comunicação gera aceitação. É preciso negociar. Negociação é a arte de construir pontes em vez de muros.

William Ury, em Como Chegar ao Sim, mostra que a negociação de alto nível não busca vitória unilateral, mas ganhos mútuos. É quando todos sentem que saíram maiores da mesa.

Exemplo brasileiro: O Itaú Unibanco é referência em negociação. Seja em fusões, seja em acordos com clientes, sua habilidade de equilibrar rentabilidade e relacionamento o mantém no topo.

Exemplo internacional: A Microsoft, sob Satya Nadella, renasceu ao negociar parcerias estratégicas, inclusive com rivais históricos como a Apple e a comunidade Linux.

Na vida pessoal: negociação é saber ceder sem perder essência. É buscar resultados que atendam ambas as partes. Quem não sabe negociar vive em conflito; quem domina a negociação constrói alianças que multiplicam resultados.

Negociar é transformar divergências em crescimento. Quem domina essa arte nunca perde: ou ganha, ou aprende.

  1. Liderança e Direcionamento: O Pilar que Consolida

Liderança não é talento nato. É construção sobre os seis pilares anteriores. Só quem tem visão, missão, princípios, planejamento, comunicação e negociação sólidos pode liderar de verdade.

John Maxwell, em As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança, ensina: a liderança é influência, nada mais, nada menos. Mas influência não se sustenta no vazio; ela nasce da consistência.

Exemplo brasileiro: Jorge Paulo Lemann e os sócios da 3G Capital transformaram empresas porque aplicaram disciplina, metas claras e meritocracia agressiva.

Exemplo internacional: Howard Schultz transformou a Starbucks em uma marca mundial ao liderar com clareza de propósito e foco na experiência. Não era apenas café; era cultura.

Na vida pessoal: liderança começa em governar a si mesmo. Quem não domina seus hábitos, seus pensamentos e suas escolhas não pode governar equipes, famílias ou empresas.

Liderança é o elo que organiza, inspira e direciona. Sem ela, até os melhores planos se perdem.

  1. Propósito, Valores e Marca Empregadora: Multiplicar para a Sociedade

Propósito é a soma de todos os ciclos. É viver não apenas para si, mas para deixar legado. É quando a empresa se torna mais do que um negócio: se torna uma causa.

Simon Sinek, em Comece pelo Porquê, explica que as pessoas não compram o que você faz; elas compram o porquê você faz.

Exemplo brasileiro: O Hospital Albert Einstein é referência não apenas em medicina, mas em impacto social, inovação e educação em saúde. Seu propósito vai além de lucrar: é elevar a qualidade de vida no Brasil.

Exemplo internacional: A Patagonia é ícone de propósito. Sua bandeira é a sustentabilidade, a ponto de doar parte dos lucros e orientar clientes a não comprarem em excesso.

Na vida pessoal: propósito é o que dá sentido ao esforço. Sem propósito, até o lucro é vazio. Com propósito, até o sacrifício se torna combustível.

Propósito é o ciclo final, mas também o primeiro. É ele que conecta o ser humano, a empresa, o mercado e a sociedade em uma espiral de evolução.

Texto e Metodologia – Os 8 Ciclos da Excelência Por Ahlex Van der All: Por um mundo melhor, de pessoas melhores e uma sociedade mais respeitosa e justa! #Goplay #CoraçãoValente #SejaLiderdaSuaHistoria

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